Lao-tsé sobre o desinteresse

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Quem quiser salvar o 10, mas sacrificar o 100, perderá o 100 e o 10


Eternos são o céu e a terra,

Porque não são auto-existentes,

Porque radicam em algo

Além deles mesmos.

Esta é a razão da sua eternidade.

Assim é o sábio,

Quando não é ego-vivente,

Quando não se interessa por si mesmo.

É por isso que se realiza.

Não cuida do seu ego,

E por isto o seu Eu prospera.

É esta a reta ordem cósmica:

Somente o desinteressado se auto-realiza.

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Rohden comenta

Assim como no Universo sideral o Verso da existência não nasce do Verso, mas do Uno da essência, assim também, no Universo hominal, o ego não se pode perpetuar ou imortalizar pelo próprio ego, mas somente pelo Eu. Quem procura perpetuar-se pelo ego se destrói, mas quem integra o ego no Eu, esse imortaliza o Eu, e, sendo o Eu o Todo, imortaliza também a parte, que é o ego. Essa verdade da filosofia de Lao-Tsé está claramente expressa no Evangelho do Cristo: “Quem quiser salvar a sua vida (ego) perdê-la-á, mas quem perder a sua vida (ego) por amor a mim, (Eu) este a salvará”.

Matematicamente, poderíamos ilustrar essa verdade do modo seguinte: quem quiser salvar o 10, mas sacrificar o 100, perderá o 100 e o 10; mas quem não se interessa por salvar o 10, salvando somente o 100, salvará tanto o 100 como o 10. O Tao do Universo é de uma lógica absoluta de pura matemática. Por isso escreveu Einstein: “O princípio criador reside na matemática”. Essa filosofia – seja de Lao-Tsé, seja do Cristo, seja de Einstein – é genuína Filosofia Univérsica.

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