Místico e o Humano Cósmico
Há milhares de anos que a humanidade só conhece duas atitudes em face do mundo externo em que vive – mas a Gita e o Evangelho falam duma terceira atitude, aparentemente paradoxal e impossível.
O Humano cósmico enxerga o Deus do mundo em todos os mundos de Deus.
Esta experiência do Deus imanente em todas as coisas, é a última e suprema conquista do homem em evolução ascensional.
Ver o Infinito em todos os Finitos, a Realidade eterna em todas as Facticidades efêmeras – é o inicio do reino de Deus sobre a face da terra.
É este o supremo ideal da Sapiência Univérsica.
Essa aquisição compensa todos os esforços.
E, no entanto, um dos maiores livros da humanidade, a Bhagavad Gita de Krishna e o Evangelho do Cristo, não recomendam nem esta nem aquela atitude; conhecem uma terceira alternativa, equidistante do simples agir do simples não-agir do místico.
Não recomendam nem o falso-agir (karman) nem o não-agir (akarman), mas o reto-agir (naiskarman).
O homem oriental, com uma cultura quase três vezes mais antiga que a nossa, já entrou na fase da reflexão, da raflexividade, da introspectividade – ao passo que seu irmão ocidental é, em geral, extroverso, esgotando-se em atividades externas.
O homem age exclusivamente por amor aos objetos, aos possíveis frutos do seu trabalho – e por isto se onera cada vez mais de culpas, que geram sempre novos sofrimentos.
O místico, à luz desta tragédia, resolve não agir de forma alguma.
O homem cósmico, porém, compreendeu que a redenção não está no falso- agir, nem no não-agir do místico, mas sim num reto-agir – numa atividade por amor ao próprio Eu divino no homem, embora esse agir se realize, externamente, através dos canais do mundo objetivo.
O homem cósmico age por amor à Fonte do seu Eu divino, ainda que através dos canais do seu ego humano. O seu auto-conhecimento se revela através da sua auto-realização.
O homem profano age exclusivamente por amor aos objetos, aos possíveis frutos do seu trabalho – e por isto se onera cada vez mais de culpas, que geram sempre novos sofrimentos.
O místico, à luz desta tragédia, resolve não agir de forma alguma.
O homem cósmico, porém, compreendeu que a redenção não está no falso- agir do profano, nem no não-agir do místico, mas sim num reto-agir – numa atividade por amor ao próprio Eu divino no homem, embora esse agir se realize, externamente, através dos canais do mundo objetivo.
O homem cósmico age por amor à Fonte do seu Eu divino, ainda que através dos canais do seu ego humano.
O seu auto-conhecimento se revela através da sua auto-realização.
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