Carl G. Jung superou a substrutura “id”

Carl G. Jung é o campeão da mais avançada psicologia ocidental, que procura culminar numa tal ou qual psicoterapia.

Superou a substrutura “id” de Freud, bem como a estrutura “ego” de Adler e iniciou uma superstrutura rumo a um “super-ego” (Eu).

Segundo Jung, há em cada ser humano certos “arquétipos” (Urbilder), imagens fundamentais que fazem parte da natureza humana, independentes do saber ou querer consciente do homem.

Um desses “arquétipos” é a idéia de Deus.

Essas imagens parecem apontar para algo além do homem, algo Trans, ou Transcendente – assim como a seta à beira da estrada aponta para alguma cidade distante, mas essa cidade não está presente na seta.

O viajor olha para a seta, fixa a direção da ponta da flecha, que vai, digamos, rumo norte – isto é “científico” – mas, se o viajante admite a realidade de uma cidade do norte, cidade que ele não vê (A “dúvida” de São Tomé - apóstolo de Jesus), isto não é considerado “científico”, porque o viajante, em nosso caso, o psicólogo, só pode “cientificamente” admitir o que vê, ouve, tange, etc. E, como a cidade longínqua não é objeto de visão, audição, tato, etc., ela não pode ser admitida “cientificamente”. Na cidade ausente só pode o viajante crer, mas não a pode ver, e só esse ver é que é cientificamente admissível.

É esta, mais ou menos, a atitude da psicologia de Jung e da sua escola.

Os psicólogos dizem, para ficar dentro dos limites da “ciência exata”, só podemos admitir o que está imanente na seta, e, nada do que lhe é transcendente; não podemos admitir algum objeto longínquo apontado pela seta, mas não contido na seta.

Quem admite uma realidade transcendente, dizem eles, não procede “cientificamente”, procede como um crente, um religioso, um místico, um yogui.

Graças a esta atitude, como frisa J. W. Hauer, no seu livro monumental “Der Yoga”, Jung para no conceito da psicoterapia, mas não vai até à logoterapia, como Victor Frankl.

Mas, como a psicoterapia é apenas uma terapia de sintomas, e não da raiz, esse processo não contém verdadeira terapia.

Imanente não cura imanente.

Uma turbina ao nível dum lago não pode ser movida pelas águas do lago, por maior que seja o volume destas águas.

Falta voltagem; amperagem não resolve. Somente o desnível, uma cachoeira, por exemplo é que dá movimento. (Movimento como disse Heráclito e Hermes Trimegistos)

No pretenso processo psicoterápico não há desnível entre o doente e a terapêutica, e por isto não há verdadeira cura, que supõe diferença de nível.

Entre imanência e transcendência há desnível, ectropia.

Entre imanência e imanência não há desnível, há entropia.

Donde esta diferença?

Jesus disse: "Se não virdes sinais e milagres, não crereis."

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